Por um voto Livre e Consciente


Hoje estamos na Reitoria, sede administrativa da nossa Universidade e, mais do que isso, o próprio símbolo da nossa Instituição! Hoje, neste espaço, onde forças atuantes mobilizam o futuro da nossa UFBA, o rumo que deverá seguir a Instituição nos próximos quatro anos, CONCLAMAMOS a todos os presentes para o exercício de um ato ético-político e democrático do qual não podemos abrir mão: o voto livre e consciente.

Incentivados e apoiados por um grupo de pessoas com uma longa trajetória acadêmica, Professor Jailson e eu iniciamos a nossa campanha, cientes dos principais problemas que afligem a UFBA. Muitos deles são visíveis, acintosos, pois mostram a degradação múltipla vista e sentida por todos os membros da nossa comunidade, nas suas atividades diárias, nas instalações inadequadas e insalubres, nos laboratórios danificados, nos equipamentos ultrapassados, na falta de material de consumo, até os mais prementes para o exercício das atividades docentes. Nesta curta campanha, apontamos ainda outros problemas menos visíveis, gerados pelo que temos denominado de uma crise de identidade institucional.

Hoje, no espaço desta Reitoria, quando firmamos o compromisso de REQUALIFICAR A UFBA com a participação da comunidade universitária, compromisso que se sustenta na afirmação e preservação de uma universidade PÚBLICA, GRATUITA e DEMOCRÁTICA, queremos denunciar uma outra questão que se apresentou para nós, de maneira cada vez mais forte, fazendo com que essas poucas semanas de périplo diário pelas diversas unidades e órgãos administrativos da Universidade Federal da Bahia fossem perpassadas pela angústia.

Constatamos problemas que contradizem a imagem da UFBA que se vem construindo através dos meios de comunicação, externos e internos à universidade. Nas nossas diversas andanças pelos espaços da UFBA, defrontamo-nos - o Professor Jailson e eu - com relações acadêmicas e institucionais degradadas por um modelo de gestão administrativa. Pautado num favorecimento que substitui competências por privilégios concedidos a partir de relações pessoais ou interesses partidários, e guiado por uma terceirização de serviços que ignora grande parte da capacidade técnico-administrativa instalada na nossa instituição, este modelo de gestão gerou um grande sentimento de segregação e de exclusão. Esse sentimento de exclusão está disseminado por toda a UFBA, ele brada em seus diversos espaços, espraia-se pelos corredores, ecoa em seus subsolos !...

As dores provocadas por práticas excludentes formam esse grito que, mesmo de forma abafada, soa em profunda desarmonia com a propagada meta de inclusão social. Essa dolorosa sensação de estar excluído destoa da imagem de uma UFBA democrática disseminada como um artifício publicitário!

Queremos inclusão social, sim! Mas uma inclusão que atravesse todas as instâncias institucionais; inclusão que se faça pela democratização do acesso, mas que contemple também os estudantes que aqui já estão, com suas demandas e propostas no debate político-institucional; inclusão que agregue todos os membros da comunidade acadêmica e administrativa, todo o vasto patrimônio de competências já instaladas! A inclusão começa em casa, agregando e congregando todos os órgãos, todas as unidades, no processo de construção cotidiana da universidade! É preciso que o princípio ético e político da inclusão social projete-se para a sociedade, irradiado a partir de uma UFBA que inclua os seus múltiplos atores, dos mais anônimos e silenciosos aos mais histriônicos e eloqüentes! A inclusão respeita todas as diversidades, sejam elas internas e externas! Esta é a forma de gestão que propomos à comunidade da Universidade Federal da Bahia.

Em um primeiro momento, REQUALIFICAR A UFBA requer a reconstituição do tecido das relações acadêmicas e institucionais que foi rompido. A eficácia desse ato gestor não dependerá fundamentalmente de recursos financeiros. A superação dessa crise institucional, talvez a mais grave da nossa universidade, exigirá mobilização das nossas forças pessoais e da nossa capacidade de agregação. Firmamos, aqui e agora, no espaço desta Reitoria, com toda a comunidade aqui presente, o compromisso de que não administraremos a UFBA a partir da vontade pessoal de um Reitor, Jailson Andrade, e de uma Vice-Reitora, Evelina Hoisel. Seremos os regentes de uma grande orquestra, ouvidos afinados para todos os acordes, sonantes e dissonantes.

Professores, servidores técnico-administrativos, estudantes aqui presentes! Convocamos todos vocês a votarem sem grilhões. O compromisso que temos é com o futuro da Universidade Federal da Bahia: ele não se restringe a grupos e nem a indivíduos! Votem sem medo, sem amarras! No espaço de uma universidade são inadmissíveis constrangimentos de qualquer ordem, mesmo os constrangimentos impostos através de listas de adesão e das estratégias de permuta de benefícios! Tenham, através do voto, a liberdade de agir de forma ética, política, crítica e reflexiva.

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